Para uma vida mais otimista: Evergreen Living With Plants

Para além da troca de dióxido de carbono por oxigénio, as plantas podem ser um catalizador para uma vida mais otimista, com mais cor. Nada que o livro Evergreen não explique.

“A educação de um jardineiro começa com a estética”. É assim que começa o livro Evergreen – Living With Plants, da editora Gestalten, que descobri na viagem que fizemos a Copenhaga na livraria que existia mesmo em frente ao hotel. Como é de esperar, foi também lá que grande parte do orçamento destinado à viagem foi alocado.

A parte mais sedutora do  Evergreen (39,90€) é que é um livro carregado de uma estética irrepreensível, mas que vai além disso. Retirando grande parte do sentimento de culpa de comprar mais um livro, o Evergreen oferece informação prática e planos detalhados de como transformar espaços, tanto interiores como exteriores, em jardins funcionais, esboços com grande detalhe de como cultivar plantas em espaços escuros ou como garantir que as casas de banho também podem ser inundadas, com sucesso, por verde.

 

Não só a parte da sustentabilidade e da nossa possível ação na melhoria do meio ambiente é importante, como está mais do que provado que a jardinagem faz bem à saúde, com um impacto não só no físico, mas também no espírito.

Para “jardineiros” iniciados ou experientes (da minha parte situo-me claramente no primeiro grupo), as 256 páginas deste livro alimentam-nos o desejo de nos afundarmos em espaços verdes, partilhando o verdadeiro poder do storytelling, com histórias reais de floristas, ativistas e muitas outras personagens relacionadas com este mundo. Além das histórias, a inspiração é mais do que muita apresentado espaços únicos como estufas, terraços, casas ou jardins comunitários entre outros.

Segundo o livro, provavelmente uma das coisas que torna o trabalho de um jardineiro bastante interessante é que nunca está realmente acabado. Além disso, numa era completamente tecnológica, com todas as suas imperfeições e potencial de nascer/morrer e voltar a nascer, a jardinagem torna-se uma verdadeira lição de humildade, em que nos é difícil ter o controlo total. Podia tentar evangelizar-vos e afirmar que:

  1. É na terra que tudo começa e onde tudo acaba
  2. Ver uma planta crescer com sucesso é das coisas mais gratificantes que existe
  3. Plantar o que comemos é o máximo
  4. Não interessa o tamanho do jardim ou o que planta. Deve ser, sim, algo que tenha a ver consigo e com as suas crenças. Adora abóboras? Ótimo. Gosta mais de catos? Também pode ser.
  5. As plantas são muito mais interessante que uma peça de decoração estática. Crescem, mudam e lembram-nos onde se foram inspirar os criadores da Caran d’Ache.
  6. Faz bem à saúde e permite-nos mexer na terra, sem ninguém nos ralhar.

 

Nota: todas as fotografias deste artigo foram cedidas pela Gestalten e fazem parte do livro Evergreen, que foi publicado internacionalmente em outubro de 2016, exceto a fotografia da planta isolada.