5 livros para ler em fevereiro recomendados por uma criança de 8 anos
Se não sabe o que ler em fevereiro, a Olívia de 8 anos ajuda-o. Saiba quais as escolhas (porquê) e o que se passa numa cabeça pequenina, mas com muitas ideias.
Quando a pergunta “Que livros recomendarias para uma amiga ou amigo para ler em fevereiro” se colocou, a reacção foi imediata. A Olívia, com 8 anos, dirigiu-se com confiança à estante e retirou os favoritos deste mês. E garanto-vos. Em março serão outros. Com 8 anos a fidelização ainda é uma miragem e o que se quer é explorar novos autores, diferentes tipos de traço e diferentes formas de entrar num livro. Nunca mais me esqueço de uma entrevista que fiz para a revista Montepio, em que as proprietárias de uma livraria, diziam que as crianças tinham formas próprias de se relacionar com os livros: umas mordiam-nos, outros rasgavam-nos e havia quem simplesmente os lesse.
Onde Está o Wally
(Martin Handford, Editorial Presença)
Uma prenda de aniversário, entrou diretamente para o top 5. A Olívia afirma que “isto é ler, sem ler – afinal, não estamos com um livro nas mãos?” e salienta ainda “que é bom para quando temos um irmão ao pé ou um amigo em casa, porque não é irritante fazer a dois. Muito pelo contrário.”
Guisado de Dragão
(Steve Smallman e Lee Wildish, Minutos de Leitura)
Comprado numa feira do livro á porta da escola, revelou-se um favorito quando é preciso fazer alguém rir-se. Foi ótimo para desbloquear o Gastão (com 5 anos) na leitura. Segundo a Olívia “faz-me rir porque tem palavras como cuecas, cocó e traseiro. Os desenhos têm muitas cores e gosto sempre quando aparecem dragões. Além disso tem um cão fofinho, que parece estar sempre de olhos fechados”.
Frida Kahlo
(Nadia Fink e Pitu Sá, Tinta da China)
Não me canso de falar da Frida Kahlo à Olívia não só pela arte, mas porque nunca escondeu os problemas que tinha, como a perna mais curta. Para a Olívia faz sentido, até porque diz que ela tem as sobrancelhas iguais às dela (como se isso fosse um problema!). “Ainda não li tudo, até porque tem umas letras mais pequenas que outras, mas ela gosta de animais como eu. Isso é bom”, salienta a Olívia.
Eu Sou Um Artista
(Marta Altés, Edicare)
“Tem poucas letras, mas muitas imagens. E a mãe do livros às vezes lembras-me tu. Outras vezes não.” Além disso, “sabes que gosto muito de desenhar, e ele também!”. Do meu lado, gosto da parte do estimulo pela arte do livro e que não faz mal (muito pelo contrário) vermos coisas, que os outros não veem.
O Dia Em que Os Lápis Desistiram
(Oliver Jeffers, Orfeu Mini)
O livro que mostra aos mais pequenos que não precisam de pintar sempre da mesma maneira ou com as mesmas cores, é uma história com bastante humor. Na visão da Olívia é totalmente lógico que os lápis falem e escrevam cartas “Gosto quando as coisas falam connosco e, vendo bem, o céu nem sequer é azul. E sabias que o sol não é amarelo? Muitas vezes penso nos meus bonecos e que devem ter frio de noite. Não era bom se todos os objetos falassem connosco?”