Receita: puré de ervilha nada monótono, ideal para quebrar rotinas
Os vegetais podem ser verdadeiramente sexy e as ervilhas estão no topo das minhas preferências. Adocicadas e tão boas frescas como congeladas, são um acompanhamento interessante e rico em fibras e proteína.
Se estão na mesma situação que eu, sentem-se igualmente culpados de todos os “crimes” que cometeram nesta época de festas. Entre o pão feito no forno a lenha da minha avó, o arroz doce da minha mãe ou a tigelada da minha prima Inês (sim, lá em casa o nome dos doces agarra-se a quem os faz melhor), o caminho agora é detox total. Depois de um treino de morte com o Bruno Militão, de me ter inscrito na São Silvestre de Lisboa (alguém vai lá ter comigo?) já em modo de treino para o Fim da Europa, cá em casa só entram vegetais. Ainda assim, como em tudo na minha vida, tudo o que é monótono aborrece-me. Mesmo. Para que não seja preciso chamar o detetive belga Hercule Poirot ou outro detetive nórdico, estas ervilhas sofreram uma transformação. Para melhor, claro. O segredo está na cebola e na pimenta, assim como em ter calma e não apressar nada. Para fazer e acompanhar com o pão de espelta ou um peixe no forno. É também ideal para levar para o escritório e sabe igualmente bem frio.
Ingredientes
20 g manteiga
3 cebolas roxas pequenas
3-4 dentes de alho picados
Uma mão cheia de hortelã, picada
500 g de ervilhas congeladas
Sal marinho e pimenta moída na hora
Uma mão cheia de cebolinho
Preparação
Derreta a manteiga e junte as cebolas roxas às rodelas e deixe refogar entre 15 a 20 minutos (não se esqueça de tapar o tacho!). Junte o alho e deixe mais alguns minutos ao lume. Reserve.
Noutro tacho, coza as ervilhas em água a ferver, com um pouco de hortelã, durante 3 a 4 minutos com pouco sal e escorra. Pode guardar um pouco da água da fervura.
Num liquidificador ou com a varinha mágica, triture as ervilhas com tudo o resto e tempere com sal e pimenta a seu gosto. Pessoalmente, adoro a pimenta-de-caiena, mas é um pouco forte. Se necessário, acrescente um pouco da água da fervura.
Sirva quente e com o cebolinho picado por cima.
Esta receita é adaptada de um dos meus livros vegetarianos favoritos, o Vegetariano Gourmet, de Hugh Fearnley-Whittingstall, o chef britânico que criou a famosa e muito procurada escola de culinária River Cottage. No entanto, o também britânico Jamie Oliver tem uma receita igualmente saborosa.