Receita: Legumes no Forno com Mel

Quando, há alguns anos atrás, o meu marido me ofereceu uma Black+Blum, não só ainda só existiam dois modelos, como não era minimamente trendy andar de marmita atrás. Ainda assim, com a marmita veio também um mini livro apelidado de Lunch Box Revolution, escrito e desenhado por Gil Kahana e Michiko Nitta. Este livro, devo dizer-vos, é uma pérola. Desenhado para pessoas com vidas ocupadas, que não querem passar muito tempo na cozinha, mas querem comer melhor, é um livro do mais honesto que há. As receitas são simples, não exigem liquidificadoras e outros aparelhos na moda ou condimentos e ingredientes exigentes; exigem sim que assuma o seu almoço como algo importante, que o ajudará a ser mais produtivo, a ser mais saudável e que lhe permite também ser mais social (comer em frente ao computador não serve!). A ideia é que as receitas respeitem os cinco elementos na cozinha Chinesa, sendo que o ideal é que sejam uma combinação de três a cinco cores por prato. Não torça o nariz, porque não é assim tão difícil se prestar atenção ao que tem na despensa.

Estes legumes no forno são um dos meus pratos favoritos, não só por ser uma receita à prova de totós, mas porque serve como acompanhamento ou prato principal, conforme as suas preferências. Além disso, para quem tem crianças como eu, permite colocar o tabuleiro no forno e ir construir casas na árvore de playmobil.

Ingredientes
2 cebolas pequenas
2 beterrabas pequenas
2 pastinacas pequenas
2 cenouras pequenas
200 g de batata doce
4 c. sopa de azeite
4 c. sopa de vinagre balsâmico
3 c. sopa de mel
6 dentes de alho esmagados
Tomilho fresco, oregãos e/ou alecrim

Preparação
Aqueça o forno a 180C.
Coloque todos os vegetais num tabuleiro de ir ao forno (normalmente forro o meu com papel vegetal, para evitar grandes lavagens a seguir)
Numa taça misture o azeite, vinagre balsâmico, mel e alho. Derrame sobre os vegetais e misture bem.
Deixe os legumes no forno durante 15 minutos. Polvilhe com o tomilho, oregãos e alecrim e deixe assar durante mais 15 minutos.
Sirva de imediato ou deixe arrefecer e coloque numa marmita para o dia seguinte.

Nota: para quem não sabe (mas quer saber), a pastinaca é uma umbelífera, como o aipo e a salsa. O que costumamos consumir é o bolbo ou raiz (mas as folhas também são comestíveis). Segundo o livro O Grande Livro dos Legumes, é um dos vegetais mais antigos que se conhece, sendo que durante a Idade Média foi o alimento principal dos povos. A partir de meados do século XVIII, a pastinaca foi substituída pela batata e pela cenoura e acabou por cair no esquecimento. No entanto, continuou sempre a ser usada em algumas zonas rurais inglesas e portuguesas. O livro Ingredientes aconselha ainda o seu uso em sopas, em guisados e também cru cortado em fatias.