Na Tate Modern há baloiços para combater a apatia e desafiar as leis da natureza

Conte até três e deixe-se ir, em conjunto com mais três pessoas. Na Tate Modern há baloiços laranjas a convidar ao movimento, como uma forma de unirmos forças. A experimentar.

Não há como falhar. Na Tate Modern, em Londres, vai encontrar os baloiços cor de laranja na Turbine Hall que se estendem pela galeria e pela parte sul do edifício. Mas não se deixe enganar. Não é um parque infantil, nem um teste à sua capacidade de brincar. Na verdade, é a One Two Three Swing! uma instalação projetada pelo coletivo dinamarquês Superflex (Jakob Fenger, Bjørnstjerne Christiansen e Rasmus Nielsen na fotografia). Cada baloiço foi desenhado para três pessoas, sob a crença de que se nos baloiçarmos com outras pessoas (e não sozinhos) temos muito mais potencial. Ao baloiçarmos a três a nossa energia coletiva resiste à gravidade e desafia as leis da natureza.

“Concebida como uma linha de montagem para o movimento coletivo, a instalação convida o público a combater a apatia social através de uma ação colaborativa, que começa quando contamos até três  – One Two Three Swing!”, explica a Tate Modern. 

A instalação pode ser experienciada em três fases: apatia, produção e movimento. O estado da apatia envolve um  grande pêndulo suspenso por um cabo com 2o metros e que baloiça por cima de um tapete com 770 metros quadrados num esquema de cores inspirado pela moeda britânica. A fase da produção é uma estação de fábrica onde os baloiços são montados, carimbados e armazenados antes da distribuição e utilização. A seguir, segue-se a fase do movimento: uma linha laranja formada por conjuntos de baloiços de três lugares que nos convidam a sentar.

Em exposição até 2 de abril de 2018, a One Two Three Swing! é a terceira de uma série de obras comissionadas anualmente pela Hyundai que ocuparam a Turbine Hall, mas a primeira instalação a alongar-se para fora deste espaço.

Fotografias: © Tate