O que fazer com uma garrafa de Perrier-Jouët vazia (aviso que pode ter a ver com o sentido da vida)
Somos nós que escolhemos o que fazemos ou é o que fazemos que nos define? Leia mais e descubra como uma garrafa de champagne o pode ajudar a encontrar o sentido da vida. Ou não.
Desde que o ano começou que ainda não fiz nada. Népias. Rien. Zero. Bem sei que ainda só passou um dia e, vendo bem, até estou de férias, mas por breves momentos estou a tentar perceber o que seria se não trabalhasse. Será que sem a necessidade de uma rotina auto imposta, todo o meu mundo se descontrolaria? Será que é o nosso emprego que nos oferece um sentido na vida? Ou, por outro lado, será que estamos tão acomodados que deixámos de nos questionar?
Os economistas de Oxford que abraçam o tema do emprego como objeto de estudo dizem-nos que dentro de 20 anos, metade dos empregos existentes, mesmo aqueles que envolvem “pensar”, correm risco de desaparecer devido à computerização. O livro Rise of The Robots: Technology and the Threat of a Jobless Future também cobre este debate, levantando inúmeras questões de como poderá vir a ser o futuro.
Da minha parte, digo que o modelo de emprego existente já não serve. Após ler este artigo no Huffington Post, fico ainda mais segura. Talvez a palavra segura não seja a escolha ideal, numa sociedade em que as grandes empresas já não conseguem oferecer um propósito ou um sentido de missão. E, no final, não deveríamos ser nós próprios a fazê-lo?
É por estas e por outras que, no meu bom estado de otimismo, uma garrafa de Perrier-Jouët dá sempre jeito. Principalmente quando é um Belle Epoque Rosé 2005, que nos ajuda a celebrar a chegada de um novo ano. A garrafa original foi pintada à mão em 1902, por Emile Gallé, um dos mais conhecidos artistas do movimento Art Nouveau, que criou as garrafa cujas anémonas ainda hoje são a imagem de marca do Cuvée Belle Epoque. A melhor parte é que depois de ter sentido a combinação entre Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, de tonalidade rosa, combinada com tons de laranja e cobre, em harmonia com notas frutadas de framboesas, morangos silvestres, laranja e outras especiarias, pode também apreciá-lo à sua volta.
Depois de vazia, a garrafa de Belle Epoque Rosé ganha uma nova vida, para se transformar numa das jarras mais bonitas que alguma vez já teve.
Não sei se uma garrafa chegará para encontrar o sentido da vida e perceber se vale a pena continuar no seu emprego este ano, no entanto penso que poderá ajudar a promover o debate e a obrigar-nos a pensar melhor no que andamos a fazer e a verdadeira razão porque o fazemos. Saia da rebanho, pense por si e faça uma lista do que é verdadeiramente importante. Talvez venha a perceber que uma garrafa de Belle Époque é suficiente para seguir um novo rumo. À sua saúde!